Tipos de tecidos e alimentação podem interferir no odor corporal
Em muitos casos, as pessoas associam o suor em excesso ao mau cheiro. E para alguns indivíduos, isso é realmente um problema, que causa constrangimento. Entretanto, o mau odor não está ligado apenas à falta de higiene, já que existem outros fatores que podem contribuir para isso.
Claro, utilizar um desodorante de qualidade é um dos caminhos para contornar o problema. No entanto, é necessário estar atento a outros aspectos para de fato resolver a questão. Entenda melhor sobre este tema no texto abaixo.
Eliminação do suor no corpo
Primeiramente, é importante compreender como funciona a eliminação do suor no organismo e porque isso acontece. Em toda a extensão da pele no corpo, estão espalhadas as glândulas sudoríparas, que são responsáveis por produzir o suor. Isso acontece para que seja possível regular e manter a temperatura corporal, que precisa permanecer em torno de 36,5ºC.
As glândulas sudoríparas são divididas em dois grupos: as écrinas e as apócrinas. O primeiro tipo está presente em toda a superfície corporal, desde o nascimento, e têm a função termorreguladora. Os poros eliminam suor, que é constituído por água e sais que não se decompõem. Portanto, esse tipo de suor praticamente não exala nenhum cheiro.
Já as apócrinas se desenvolvem apenas em algumas regiões do corpo, como couro cabeludo, área genital, ao redor dos mamilos e, claro, nas axilas. Neste caso, elas exalam suor por meio dos folículos pilosos, que secretam um suor formado por água, alguns tipos de sais e restos celulares e do metabolismo.
Quando esse suor é exposto à ação das bactérias e fungos, é possível que produzam odores desagradáveis. Neste cenário, a condição recebe o nome de bromidrose axilar, o famoso cê-cê. Em outras palavras, ele é o odor fétido resultante da ação das bactérias, que decompõem o suor e os restos celulares.
Causas do mau cheiro
Existem alguns fatores que contribuem para causar o mau cheiro no suor. Um deles é o consumo de tabaco e álcool excessivo, sendo que o segundo vai direto para o sangue. Assim, para eliminá-lo do corpo, o organismo acaba transpirando.
A alimentação também pode interferir nesse aspecto. No geral, eles incluem alimentos que são muito condimentados, os de alta fermentação ou que aceleram o metabolismo, resultando no aumento da temperatura corporal. Por isso, pode-se citar como exemplos o alho, a cebola, o curry e os produtos lácteos, que são capazes de interferir no odor corporal.
Até mesmo os tecidos das roupas podem contribuir para o mau cheiro na região. Tecidos sintéticos e impermeáveis não absorvem o suor quando o corpo transpira, o que contribui para o suor e odor nesta região. Utilizar roupas muito justas também é um problema, pois faz com que aconteça o aumento da umidade nas axilas, criando assim um surgimento ideal para as bactérias.
Como muitos devem imaginar, a falta de higiene pessoal também é um fator que contribui para o mau cheiro. Se ele persiste por muitos dias, é sinal de que as bactérias ainda estão no local. Por isso, recomenda-se utilizar sabonetes antibacterianos no banho, aplicando-o no local e deixando que ele aja por alguns minutos antes de enxaguar.
Inclusive, até o uso inadequado de antitranspirante pode contribuir para o mau cheiro. Muitas pessoas cometem o erro de passar o desodorante quando as axilas ainda estão molhadas após o banho. Isso atrapalha a absorção dele pela pele, tornando-o ineficaz. Por isso, a recomendação é sempre aplicá-lo quando as axilas estiverem secas.
Tratamento e recomendações
Para resolver este problema, o primeiro passo é identificar qual é a causa do mau cheiro para que a questão possa ser atacada em sua base. No entanto, de qualquer forma, é importante promover uma higiene cuidadosa das axilas, a fim de restringir ao máximo as condições de proliferação dos micro-organismos.
Pode ser indicado também o uso de medicamentos com ação bactericida, antimicótica e fungicida. Entretanto, não se deve automedicar: o recomendado é consultar um dermatologista para que ele possa fazer a avaliação do caso e a orientação adequada de como resolver o problema.
Como citado, o uso do desodorante deve acontecer após a região estar seca. No caso do tipo roll-on, passe-o para cima e para baixo para distribuir bem em toda área. Já no caso do tipo aerossol, aplique-o a uma distância de cerca de 15 cm.
Procure trocar de roupa todos os dias, evitando reutilizar aquelas que já entraram em contato com o suor no dia anterior. Sempre que possível, recomenda-se o uso de tecidos naturais e leves, como algodão, que facilitam a transpiração corporal.